O
documentário “Nós que aqui estamos, por vos esperamos” de Marcelo Massagão, faz
um relato visual e poético das transformações da humanidade ao longo do século
XX. A banalização da vida e da morte causada pelas guerras motivadas pelo
desequilíbrio e paranóia de chefes de estados.
O
filme trás também as mudanças nos meios de comunicação, os avanços tecnológicos
e científicos e a Revolução Industrial que transformou a relação do homem com o
trabalho que passou a ser considerados maquinas de produção, “o homem cria as
ferramentas e as ferramentas recriam o homem”. Com a indústria, cresceu também
o consumismo, os trabalhos indignos e as explorações trabalhistas.
Os
grandes heróis do século também ganham uma saudosa importância, como jogadores
de futebol, atores famosos, dançarinos, mas o filme não mostra apenas as
celebridades, mas também pessoas anônimas que, de forma simples e
despretensiosa, contribuiu para as grandes mudanças na sociedade.
O
titulo bem sugestivo, trata do nome de um cemitério que nos trás a idéia de que
a morte iguala a todos, o homem veio do pó e ao pó retornará. Todos nós somos
importantes para a história, todos nós podemos fazer a diferença, mesmo que
seja em nossa casa ou em nossa comunidade.
Fazendo
um paralelo com o capítulo 8 do livro de Jung Mo Sung “Conversando sobre ética
e sociedade”, vemos uma semelhança literal entre as duas obras. A modernidade
substituiu a moral do coletivo, do público pela moral individualista (privado)
que levou as implicações éticas da vida em sociedade, pois a ética do sistema
capitalista causa a desigualdade social por ter um espírito consumista. O
progresso técnico gera injustiça social, pois visa apenas o interesse
individual e transforma o homem em máquina.
O
homem é capaz de mudar sua historia e transformar o meio em que vive. Não basta
ter boas intenções, é preciso influenciar a sociedade para que tenhamos uma
ética responsável e conseguirmos romper os limites do individualismo e
construir novos valores sociais para que tenhamos uma sociedade mais solidária.
Nenhum comentário:
Postar um comentário