sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Carta de Amor





Ontem você me perguntou o que está acontecendo conosco
Sinceramente não sei explicar.
Ora choro às escondidas, ora me alegro com a alegria que me tem posto
No coração, porém aonde vou? Onde devo buscar?

Uma verdadeira explicação
Que possa desmistificar muitas ideias...
Que possa confortar o seu coração
E me tirar da frente desta plateia.

Que me assiste, que testemunha todas as vezes que a minh’alma adoece
E perde as forças neste dilema.
Meu Deus eu já fiz tantas preces...
E continuo sofrendo em meus próprios poemas.

Às vezes me aconselham a deitar e descansar um pouco
Diante do exposto como eu poderia repousar segura
Se fico pensando desvairo... em loucura
É como se eu estivesse andando às apalpadelas no escuro.

Não sei por quanto tempo poderei suportar
Este sentimento que mexe comigo.
Ele pode me matar...
Sim, sinto como se tivesse correndo perigo

Pois, o que sinto me corrói
Não desabafo, guardo segredo...
E isto me dói
Pois sou afrontada por um imensurável medo
O medo de não ser boa o suficiente para você
Medo não merecer o seu amor

Em relação a tudo isso que sinto por dentro
E que não tive a oportunidade de fazer você acreditar
Busco respostas... não encontro e me desconcentro
Pois tenho receios de te perder e não me amar

Eu sou aquela que chora e ninguém vê
Que sofre e ninguém sente
Que se esconde e ninguém sente a falta
Pois nas longas noites soluço ás escondidas
Com enormes ânsias de morrer
Sentindo o peito latejar com a dor das feridas.

Esta noite chorei até perder os sentidos
E sem que você pudesse perceber
De repente voltei a mim pensando que tu escutarias os meus gemidos
E virias me acolher.

Mas se porventura decidires encontrar a minha alma que te procura louca, louca.
De amor, chorando pela deserta rua
Beije-me desesperadamente a boca
E sinta em teu peito o bater de um coração que sempre foi teu,
E o amor de uma vida que sempre foi sua.

Escrevo impaciente e choro
Arrasto minh’alma no pó
Peço socorro, imploro.
Mas em minh’alma tristezas, tristezas e só...

Você tem que acreditar em minhas juras de amor
Nas incontáveis loucuras que posso fazer por ti tão somente
Jamais saberá o tamanho da minha dor
Pois não percebes que te amo desesperadamente
E muito menos reconhece minha dor

Se ao menos você encostasse a sua cabeça em meu peito
E escutasse o que o meu coração tem para te dizer
As coisas que todas as noites ele me fala em meu leito
Tão logo você iria compreender...

Iria refletir que foste demasiadamente cruel comigo
Ao fazer pouco do meu sentimento.
Condenando-me a este atroz castigo
Que carregarei comigo
Sem a chance de te fazer feliz
Sem a chance de poder te fazer sorrir

E assim, carregarei também a minha infelicidade,
Pois ao contrário somente será possível
Se em seus olhos eu puder ver a felicidade
Somente existo se refletida em seus olhos

"Assim, fiz de mim o que não soube.
E o que podia fazer de mim não o fiz
Conheceram-me logo por quem não era
E não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara
Estava pregada à cara".( Pe. Fábio)

Só você conhece quem sou
Pois, com você não preciso de pintura, leitura ou postura...
Com você posso ser menina boba, posso ficar descalço,
Com você posso sorrir e chorar
Com você posso gostar de comer feijão  com pão
Posso ouvir música brega
Tomar vinho barato

Pois só Você me faz ser uma pessoa melhor








2 comentários:

Anônimo disse...

Olá, Doutora

Sou sua leitora assídua, sempre gostei muito de seus textos e agora depois desta sua carta de amor descobri que sou sua fã.

bjs! Ana Luiza

Anônimo disse...

Adorei seu blog, e gostei muito de seus textos. Você deveria escrever mais sobre as coisas do coração.

Parabéns e Feliz natal!
Atenciosamente,
João Guilherme

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