“Operário em Construção".
“[...] Mostrou-lhe toda a região
E
apontando-a ao operário
Fez-lhe
esta declaração:
—
Dar-te-ei todo esse poder
E a
sua satisfação
Porque
a mim me foi entregue
E
dou-o a quem bem quiser.
Dou-te
tempo de lazer
Dou-te
tempo de mulher.
Portanto,
tudo o que vês
Será
teu se me adorares
E,
ainda mais, se abandonares
O que
te faz dizer não.
Disse,
e fitou o operário
Que
olhava e que refletia
Mas o
que via o operário
O
patrão nunca veria.
O
operário via as casas
E
dentro das estruturas
Via
coisas, objetos
Produtos,
manufaturas.
Via
tudo o que fazia
O
lucro de seu patrão
E em
cada coisa que via
Misteriosamente
havia
A
marca de sua mão.
E o
operário disse: Não!
—
Loucura! — Gritou o patrão
Não
vês o que te dou eu?
—
Mentira! — disse o operário
Não
podes dar-me o que é meu.
E um
grande silêncio fez-se
Dentro
do seu coração
Um
silêncio de martírios
Um
silêncio de prisão
Um
silêncio povoado
De
pedidos de perdão
Um
silêncio apavorado
Como o
medo em solidão
Um
silêncio de torturas
E
gritos de maldição
Um
silêncio de fraturas
A se
arrastarem no chão.
E o
operário ouviu a voz
De
todos os seus irmãos
Os
seus irmãos que morreram
Por
outros que viverão.
Uma
esperança sincera
Cresceu
no seu coração
E
dentro da tarde mansa
Agigantou-se
a razão
De um
homem pobre e esquecido
Razão
porém que fizera
Em
operário construído
O
operário em construção.”
Não se iludam com o dinheiro fácil... Não se corrompam... Sejamos operários em construção a entender que somos um todo... Que só quando compreendermos isso teremos uma sociedade onde crianças crescerão brincando sem sofrerem abusos de toda a natureza... Onde os homens jamais levantarão a mão em direção a uma mulher a não ser que seja para acariciar seu rosto... Onde a natureza será respeitada e os animais tratados como obras do Criador... Onde a riqueza deste país chamado Brasil estará no seu povo... E não duvidem que cada um de nós possui este poder de mudar o mundo... Abasteçam-se da coragem que tínhamos em nossa infância quando vestíamos as roupas de nossos heróis e enfrentávamos os piores vilões... Bebam das águas de Gandhi, Mandela e Luther King e façam do Direito uma barreira intransponível para a injustiça...
Porque, meu amigos, conforme disse Madre Tereza de Calcutá: “[...] Dê ao mundo o melhor de você,Mas isso pode nunca ser o bastante...Dê o melhor assim mesmo.E veja você que, no final das contas,É entre você e Deus...Nunca foi entre você e os outros...”
Agora... 10 º período !
Não foi fácil para ninguém, cada um , em suas particularidades, sofreu, chorou, passou noites em claro preparando algum trabalho acadêmico ou até mesmo estudando para alguma prova de fim de semestre. Cada um viveu intensamente, de uma forma ou de outra, está faculdade.
O filósofo chinês Sun Tzu diz a seguinte máxima: "Todos podem ver as táticas de minhas conquistas, mas ninguém consegue discernir a estratégia que gerou as vitórias".
Toda turma tem suas particularidades, na nossa encontramos de tudo um pouco no percorrer desses cinco anos. Tivemos colegas que conversavam demais, outros de menos, colegas paizão, sem contar as mãezonas, dorminhocos, colegas políticos, professores, bravos, dispersos, calmos, projetos de desembargadores e os que já eram, mesmo estudando ainda o 5ª período.
Os momentos ruins?! Ficarão também em nossas memórias, simplesmente como aprendizado para nos tornarmos cada vez pessoas melhores. Ruminar sentimentos negativos é desejar ter uma vida triste e nenhum pouco saudável. Aprendemos com a queda e para bom entendedor já é o suficiente.
Kierkegaard filósofo e teólogo dinamarquês, contava a seguinte parábola: Certa vez, houve um incêndio num circo ambulante na Dinamarca. O diretor mandou imediatamente o palhaço, que já se encontrava vestido e maquilado a caráter, para a vila mais próxima, para que buscasse ajuda, advertindo de que existia o perigo de o fogo se espalhar pelos campos ceifados e ressequidos, com risco iminente para as casas do próprio povoado. O palhaço correu até à vila e pediu aos moradores que viessem ajudar a apagar o incêndio que estava a destruir o circo. Mas os habitantes viram nos gritos do palhaço apenas um belo truque de publicidade que visava levá-los em grande número às apresentações do circo; aplaudiam e morriam de rir. Diante dessa reação, o palhaço sentiu mais vontade de chorar do que de rir. Fez de tudo para convencer as pessoas de que não estava representando, de que não se tratava de um truque e sim de um apelo da maior seriedade: tratava-se realmente de um incêndio. Mas a sua insistência só fazia aumentar os risos; achavam a performance excelente – até que o fogo alcançou de fato aquela vila. Aí já era tarde, e o fogo acabou destruindo não só o circo, como também a povoado.
Somos a esperança de uma sociedade que clama a cada dia por novos profissionais do direito que façam a justiça real acontecer e nós não deveremos temer os dedos apontados por aqueles que nutrem sentimentos requintados de vilania.
O nosso idealismo e a vontade de mudar o mundo não podem ser apagados pelo descrédito daqueles que dizem: Não é possível. Daqueles que dizem que estamos fazendo um jogo publicitário, daqueles que riem de nós, simplesmente por sermos honestos e justos. Uma coisa eu digo, essa vila, chamada Mundo, só não foi consumida pelo fogo destruidor da corrupção e demais mazelas, em razão das pessoas que acordam todos os dias com a meta de lutar por uma sociedade justa e igualitária.
Somos e devemos ser a diferença no mundo, meus queridos amigos!
http://infilosofavel.blogspot.com.br/2010/12/discurso-orador-da-turma-de-direito.html
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